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Consultório de Moda

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  • A Moda à mesa - A sopa na História

    A sopa na HistóriaAlimento civilizacional, a sopa é uma confecção milenar. Aqui, alguns dos momentos mais marcantes da história deste alimento.


    A sopa é um dos maiores inventos de toda a história da humanidade. O fogo, descoberto no final do período Quartenário, traria como consequência uma alimentação mais leve, que antes desenvolvia as mandíbulas em detrimento da capacidade craniana.

    Imaginemos, numa época imprecisa do Paleolítico, o momento em que a primeira “cozinheira” teve a ideia de pôr um pedaço de carne em água quente. A nossa antepassada anónima ter-se-á, por certo, surpreendido ao provar o caldo resultante da cozedura. Nesse momento foi inventada a primeira receita de cozinha tal como a entendemos na actualidade.

    Segundo o livro “História da Alimentação”, os caldos precederam as sopas. Dividiam-se em dois tipos: os caldos doces, elaborados com vegetais frescos no seu estado natural, e os caldos ácidos, obtidos com plantas ácidas como as urtigas ou por fermentação alcoólica ou láctea.
    Destas sopas ácidas sobreveio o Bortsch russo e eslavo, que na pré-história foi uma das receitas mais difundidas em toda a Europa.

     


    Pouco se sabe acerca do consumo de sopas nos povos da Mesopotâmia, Egipto, Fenícia, Pérsia ou Síria, pelo que se deduz que eram pouco apreciadores deste prato. Mas sabe-se que os caldos hebreus se confeccionavam fervendo carne e cereais.

    Os gregos, esses sim, eram mais afeiçoados aos caldos, cozinhando-os muito claros e sempre à base de cereais e alguns pedaços de carne. O mais famoso era o Caldo Negro de Esparta. Não se conserva a receita, mas estudiosos do tema dizem que era elaborado com sangue de animais misturado com vinagre e ervas aromáticas, o que foge aos nossos parâmetros actuais de pitéu à mesa. O intelectual Anatole France afirmava que, se nada igualava os espartanos no seu desprezo pela vida no campo de batalha, era devido ao Caldo Negro, pois era melhor morrer que prová-lo.

    Roma teve uma grande tradição no que às Sopas diz respeito. Os pastores tinham como prato principal e quotidiano uma sopa de cereais que acompanhavam outros produtos da temporada como verduras, legumes, frutas e queijo.

    Plauto, conhecido historiador daquela época e crítico da sociedade romana, denuncia o abuso dos cozinheiros com estas palavras: “Vós tomais os convidados por vacas servindo-lhes ervas condimentadas com outras ervas”.

    Sabe-se que Nero, tão apreciador do canto, tomava todos os dias um caldo quente, ao qual atribuía a qualidade de proteger as cordas vocais.

    Apício é o mais famoso gastrónomo da Roma antiga. As suas sopas eram refinadas e suculentas, servidas com lentilhas, ervilhas e outros vegetais e muito condimentadas com azeite.
    Na época da decadência de Roma a sopa transforma-se num alimento luxuoso e pleno de fantasia. Uma receita antiga, resgatada por Ateneu no Banquete dos Sofistas, era feita à base de pétalas de rosas: depois de haver macerado bem as mais perfumadas rosas e juntado carne de pássaros e cerdos bem fervidos, eram totalmente eliminados os pedaços de tecido fibroso. Juntava-se gemas de ovo, azeite, pimenta em pó e vinho, picava-se muito bem e misturava-se. Por fim, era preciso passar toda a mistura para uma marmita, submetendo-a por breves instantes à acção de um fogo forte.

    Outra receita, já medieval, ensina a fazer sopa dourada: “Fazer tostar umas fatias de pão, juntar-lhes um molho à base de açúcar, vinho branco, gemas de ovo e água de rosas. Uma vez bem empapadas, frigir e juntar novamente água de rosas, espalhando açúcar e açafrão”.

     

     

     

    in Saposabores

     

     

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